Explicação sobre a Elsa e eu - Conto de Daniel Teixeira
Depois de um muito longo período em que nada tenho escrito, em que não tenho escrito de facto, como estou a fazer aqui e como se costuma entender o que é escrever, hoje resolvi escrever-vos.
E hoje posso fazê-lo desta forma assim porque a Elsa vai estar fora uns dias. Ou talvez vá estar ausente para sempre. Na verdade eu nem sei para onde ela foi. Acho que ela me disse onde ia mas eu não me lembro bem.
Certo é que ela vai ficar fora pelo menos uns dias, a Elsa, isso eu sei porque ela arrumou as suas coisas numa mala e num saco e isso só se faz quando se está fora uns dias, pelo menos uns dias ou quando as pessoas se vão embora para sempre.
Talvez a Elsa tenha partido mesmo para sempre, mas como já disse isso eu não sei, e é para mim agora uma possibilidade como outra qualquer: ela ter partido por uns dias ou por semanas ou para sempre. Neste momento isso não é muito importante ou é pouco importante.
Talvez tenha ido ver a mãe ou tenha ido para casa da mãe, ela falou-me nisso há tempos, disse-me que talvez precisasse de um tempo para pensar sem eu estar por perto e que a casa da mãe dela era boa para isso, para ela pensar sem que eu estivesse perto.
Mas francamente não me lembro ao certo daquilo que ela me disse esta manhã logo cedo. Era mesmo muito cedo e talvez por ser muito cedo eu não tenha entendido porque estou acordado até muito tarde, escrevendo e não escrevendo, conforme vou explicar em seguida.
Não sei se comento não comentando ou digo que gostei gostando; enfim se Elsa voltou não o sei; ainda que deveria saber sabendo. Gostei gostando, de graça; ainda que o cérebro de um velho funcione não funcionando tão bem, que até bem pouco não o sabia. O fato é que gostei deveras. Feliz retorno ao ROL, Daniel. E viva a última flor do Lácio.
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