segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Poesia de Mário Matta e Silva - Psicanálise à República (actualizado)

 
 
Poesia de Mário Matta e Silva - Psicanálise à República (actualizado) 
 

Psicanálise à República
 
 
Andando assim descontente
 Das origens revoltada
 Achou ser mais previdente
 Passar a ser vigiada.
 
E a República assim fez
 Com esperança na Psicologia
 Foi para o divã desta vez
 Tentar nova terapia.
 
 A psicóloga, entendida
 Na consulta a recebeu
 Quis saber da sua vida
 E a República acedeu.
 
 As angústias desabafou
 Face às crises sucessivas
 Gesticulou e chorou
 De voz assaz expressiva.
 
Ajeita o peito desnudo
 Aperta melhor a faixa
 E esconde o corpo carnudo
No divã onde se encaixa.
 

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