Poesia de Pedro Du Bois - Vírus; Paixão; Chá
Vírus
O vírus vive (morre) onde ataca. Destaca
a fragilidade aberta ao contato. Vivencia
o ato da disputa: o revés não o aniquila.
Feito paciente no horário determinado.
O corpo não permite ao vírus a entrada.
Cede no cansaço de anos de batalha.
O vírus permanece na oportunidade.
Paixão
a paixão devora olhos e corações
de épocas e sentidos com que
passamos horas e dias frios
para chegarmos a esse tempo
e encontrarmos o vazio
de não havermos encontrado
a pronúncia exata das palavras
na maneira certa de dizer
estamos aqui e a paixão
permanece em nossos olhos
embaçados em lágrimas
de reconhecimento
como naquelas horas
e como serão em futuros
tempos de mãos entrelaçadas
O vírus vive (morre) onde ataca. Destaca
a fragilidade aberta ao contato. Vivencia
o ato da disputa: o revés não o aniquila.
Feito paciente no horário determinado.
O corpo não permite ao vírus a entrada.
Cede no cansaço de anos de batalha.
O vírus permanece na oportunidade.
Paixão
a paixão devora olhos e corações
de épocas e sentidos com que
passamos horas e dias frios
para chegarmos a esse tempo
e encontrarmos o vazio
de não havermos encontrado
a pronúncia exata das palavras
na maneira certa de dizer
estamos aqui e a paixão
permanece em nossos olhos
embaçados em lágrimas
de reconhecimento
como naquelas horas
e como serão em futuros
tempos de mãos entrelaçadas
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