Filarmónica de Los Angeles inicia digressão europeia sob a batuta de Dudamel
A FLA toca na sexta-feira e no sábado, às 21:00, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian. Na sexta-feira, o programa do concerto é constituído pela peça "Slonimsky's Earbox" de John Adams, a sinfonia n.º 1, "Jeremiah", de Leonard Bernstein, e a sinfonia n.º 7, de Ludwig van Beethoven. Será solista a meio-soprano californiana Kelley o'Connor, 30 anos, que cantou pela primeira vez sob a direcção de Dudamel a 09 de Janeiro em Los Angeles, no Walt Disney Concert Hall. O concerto é antecedido, às 19:00, por uma conferência pela directora executiva da FLA, Deborah Borda, intitulada "A Orquestra Sinfónica no século XXI: Desafios e perspectivas II". No sábado, a orquestra californiana interpreta a sinfonia n.º9 de Gustav Mahler. Na digressão europeia, a orquestra manterá estes programas de concerto em duas noites, exceptuando Madrid onde se apresentará apenas no próximo domingo, no Auditório Nacional, para tocar a sinfonia de Mahler. Da capital espanhola, a orquestra segue para Colónia, na Alemanha, onde toca na Sala da Filarmónica na terça e na quarta-feira. Nos dias 27 e 28, Dudamel dirige a orquestra no Barbican Centre, em Londres, seguindo para Paris, onde dará concertos na sala Pleyel, a 29 e 30. Nos dias 02 e 03 de Fevereiro, a FLA apresenta-se no Palácio das Artes de Budapeste. A digressão encerra em Viena, no Musikverein, onde a orquestra toca nos dias 04 e 05 de Fevereiro. O venezuelano Gustavo Dudamel, que completa 30 anos na próxima quarta-feira, é maestro convidado da Filarmónica de Los Angeles pela segunda temporada consecutiva. Um dos mais mediáticos maestros da actualidade, Dudamel começou a estudar violino aos 10 anos e, pouco tempo depois, composição. Em 1996, com 15 anos, Dudamel foi nomeado director musical da Amadeus Chamber Orchestra e três anos mais tarde passou a dirigir a Orquestra Juvenil Simón Bolívar, com a qual se apresentou em Lisboa em Dezembro de 2009. 2011 é o ano de Gustav Mahler (1860-1911) com as comemorações dos 150 anos do seu nascimento a juntar-se aos 100 anos da sua morte. "Mahler afirmou que a sinfonia é o mundo e deve abarcar tudo, e como tal encontramos uma polifonia muito subtil ou muito complexa e ao mesmo tempo uma simplicidade quase infantil", referiu à Lusa o maestro Cesário Costa. Nascido em Kalischt, na região da Boémia sob a coroa austríaca, Mahler "era regente de orquestra durante o inverno e compositor no verão", disse Costa. Esta dupla faceta permitiu-lhe antecipar "problemas" pois "quando escreveu estava já a pensar na parte respectiva de cada naipe de músicos colocando notas como 'não apressar', pois, pela experiência que tinha, sabia que há uma tendência natural dos músicos para num certo tipo de escrita tocarem mais rápido", acrescentou. (AC)
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