domingo, 23 de março de 2014

Poesia de Arlete Piedade - A primeira andorinha; Amanhecer


Poesia de Arlete Piedade - A primeira andorinha; Amanhecer

A primeira andorinha

Hoje vi a primeira andorinha do ano!
Pressenti-a antes de ver as suas acrobacias
entre as chaminés e os beirais dos prédios
as pontas esguias das suas asinhas pretas
e o branco puro da sua barriguita fofa
a velocidade e elegância com que voava!

Pareceu-me que andava a tentar localizar
o antigo lar! - O mesmo do ano anterior
Mas as paredes foram raspadas e pintadas
os ninhos deitados abaixo sem compaixão!
Eram um lar senhores! Lar de andorinhas!

Aqueles simpáticas avezinhas recordam-se?
Que alegram os nossos céus e casas no verão...
Elas chilreiam, volteiam, fazem os ninhos
trazem pequenos pedacinhos de barro no bico
um a um, depositam e constroem a casinha
fica só um pequeno buraquinho que é a porta
e depois forram por dentro com as suas penas!

Deve ser bem fofo e quentinho o lar da andorinha!
Em seguida põem os ovinhos e chocam com carinho
Até que um dia uns pios anunciam a chegada!
Os bebés romperam a casca! E têm que comer
para crescer, ser fortes, voar, e com os pais regressar!

Passar o inverno em Africa e mal se anuncie a Primavera
Regressar aos mesmos lugares! Saudar os velhos amigos!
E recomeçar o eterno ciclo da vida, e das estações!

Estou alegre! Afinal há Primavera! Vi hoje a primeira andorinha!

Arlete Piedade


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