Dois Poemas de Mário Matta e Silva - é tempo de Primavera; Ir e voltar nas gaivotas
é tempo de Primavera
Da clepsidra sou fã
Mediando o tempo que corre
E cismo pela manhã
Que a tarde cresce louçã
E a noite no escuro morre.
Morre a luz do sol nascente
Nesse tempo uma voragem
Sinos que em som crescente
Vêm aos ouvidos da gente
Atirados pel ‘ aragem.
Vertido numa ampulheta
O tempo corre veloz
E nas cores duma paleta
Vejo-te a forma, a silhueta
E troco olhares entre nós.
Vem assim a Primavera
Salpicada de mil cores
Vai o Inverno, a noite austera
Cresce no peito a quimera
De ver em regaços flores.
Ah, que garrido o teu peito!
Saudável, feliz, contente
Sonho com ele em meu leito
Enluarado, sem jeito
De afectos impertinente.
Vêm pardais, andorinhas
Debicando, a trautear
E rindo vão criancinhas
Tão formosas, de trancinhas
Plos canteiros a saltitar.
Nacem amores salutares
Em gôndola o mar galgando
Entoando teus cantares
é o tempo de tu amares
Quem muito te está amando.
21 de Março de 2014
é tempo de Primavera
Da clepsidra sou fã
Mediando o tempo que corre
E cismo pela manhã
Que a tarde cresce louçã
E a noite no escuro morre.
Morre a luz do sol nascente
Nesse tempo uma voragem
Sinos que em som crescente
Vêm aos ouvidos da gente
Atirados pel ‘ aragem.
Vertido numa ampulheta
O tempo corre veloz
E nas cores duma paleta
Vejo-te a forma, a silhueta
E troco olhares entre nós.
Vem assim a Primavera
Salpicada de mil cores
Vai o Inverno, a noite austera
Cresce no peito a quimera
De ver em regaços flores.
Ah, que garrido o teu peito!
Saudável, feliz, contente
Sonho com ele em meu leito
Enluarado, sem jeito
De afectos impertinente.
Vêm pardais, andorinhas
Debicando, a trautear
E rindo vão criancinhas
Tão formosas, de trancinhas
Plos canteiros a saltitar.
Nacem amores salutares
Em gôndola o mar galgando
Entoando teus cantares
é o tempo de tu amares
Quem muito te está amando.
21 de Março de 2014
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