sábado, 8 de março de 2014

A dor e o Optimismo - Por Irene Fernandes Abreu

 
 
A dor e o Optimismo - Por Irene Fernandes Abreu
 
Uma amiga de longa data começou a adoecer e, os médicos ainda não diagnosticaram com exactidão o problema e nem sabem como a tratar, apesar de alguns exames e muitas observações, começou por perder o andar, não consegue segurar nada nas mãos, sente-se frágil e só. Ainda está nos sessenta…
 
Operaram-na à coluna, correu bem, fez fisioterapia e depois, amparada pelo andarilho recuperou o andar, o optimismo voltou. Mas por pouco tempo, porque ainda não consegue segurar nada nas mãos e para as tarefas mais básicas, precisa de ajuda. Embora acompanhada com os filhos e uma empregada, sente-se só e perdida nesta sua incapacidade, porém a esperança da sua cura fala por ela, no brilho do olhar e nos planos que tem para a consulta de novos médicos e tratamentos.

Ao olhá-la, dei por mim a pensar no que somos e no que poderemos ser quando inesperadamente, e seja qual for a idade, certas doenças nos atacam e o pior, quando a ciência ainda não tem resposta para elas.
 
 

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