Poesia de Mário Matta e Silva - Farófias; As árvores e o Caracol
Farófias
Passo enfim a língua pelos lábios
Arrepiadinho de tanta doçura
E gemendo por sugar certa brancura
Feito sábio entre os mais sábiosSenti imenso desejo de um abraço
Tão forte, tão cheio de melaço!
Arrepiadinho de tanta doçura
E gemendo por sugar certa brancura
Feito sábio entre os mais sábiosSenti imenso desejo de um abraço
Tão forte, tão cheio de melaço!
ó doce dos doces, farto e de sabor
Ternurento o tomo em sobremesa
Regalado na mais forte natureza
Arraso o gosto de um amplo amor
Empantorrado de coisas suculentas
Me contorço em ânsias ternurentas!
Ternurento o tomo em sobremesa
Regalado na mais forte natureza
Arraso o gosto de um amplo amor
Empantorrado de coisas suculentas
Me contorço em ânsias ternurentas!
Não mais esquecerei tal gostosura
Num conforto de próspero glutão
Mostrando quanto doce é a paixão
Submissa, branda e por vezes insegura
Tão degustada assim no seu desejo
Que mais se entranha que um repenicado beijo!
Num conforto de próspero glutão
Mostrando quanto doce é a paixão
Submissa, branda e por vezes insegura
Tão degustada assim no seu desejo
Que mais se entranha que um repenicado beijo!
Gula refinada que afaga a refeição
Em luxúria crescente derramada
Tão fofa, tão meiga se bem saboreada
Que arregala em si qualquer paixão
No desfazer na boca estas farófias
Dão gozos, dão cócegas, dão bazófias!
Em luxúria crescente derramada
Tão fofa, tão meiga se bem saboreada
Que arregala em si qualquer paixão
No desfazer na boca estas farófias
Dão gozos, dão cócegas, dão bazófias!
28 de Agosto de 2013
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