domingo, 22 de setembro de 2013

Nascer/viver sem afectos - Retirado do Blogue Livres Pensantes

 
 
Nascer/viver sem afectos - Retirado do Blogue Livres Pensantes 
 
Cerca de cinquenta (50) crianças foram abandonadas pelas mães à nascença nas maternidades portuguesas durante o ano de 2010.
 
Muitas outras foram encontradas em sacos de lixo, em caixotes, ao relento pelo país. Aventar as razões que levaram estas mães a este acto é especular sobre sofrimento, pobreza ou sentimentos que não se contabilizam. No entanto, reflectir sobre o estado da justiça social e da protecção aos desamparados é necessariamente uma obrigação ancestral.
 
A exclusão e a perda de afectos que marca os sem-abrigo cuja imagem se ergue quase banalizada por tantas reportagens televisivas é também uma deriva desta incapacidade que o
 
Homem tem para com o outro ao consumir-se numa existência fútil de banalidades e de insensibilidade social.

As crianças são sempre as maiores vítimas. O elo mais fraco é a vulnerabilidade disponível na cadeia dos desprotegidos.

Os contos que Hans Christian Andersen escreveu para crianças retratam com actualidade situações que nos confrangem e que denunciam a perda de sentido de muitos rituais que marginalizaram a verdadeira essência do ser humano: o valor dos afectos.
 
 
 
 
 
 
 

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