quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Melhor som e mais espaço para o novo Hot Club

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Melhor som e mais espaço para o novo Hot Club

Um ano depois de ter ficado destruído num incêndio, o Hot Clube de Portugal renasceu hoje, algumas portas abaixo da casa original, na Praça da Alegria, mas no interior está tudo por fazer.
A reabertura dia 22 ao final da tarde foi simbólica, com a actuação de alunos da escola de jazz do Hot Clube e a presença de sócios e músicos, como Carlos Barretto, Filipe Melo, Bernardo Moreira e Sara Serpa.
O interior do espaço revela paredes e tetos danificados, sistema de iluminação degradado, mas a direcção do Hot só está agora à espera que a autarquia aprove os projectos de especialidade para remodelar o local.
O novo Hot Clube de Portugal terá mais espaço, melhor qualidade de som, mais casas de banho, um pátio arborizado e dois camarins, que não existiam na antiga cave do número 39 da Praça da Alegria.
No essencial, "vamos tentar criar o mesmo ambiente, a mesma vivência. Não é a intenção de copiar o que havia aqui ao lado, obviamente não pode ser a mesma coisa", disse Inês Homem Cunha, directora do clube de jazz.
Bernardo Moreira, antigo contrabaixista e ex-director do Hot Clube de Portugal, recordou à Lusa o "azar monumental" que foi a destruição da "catedral".
"Para uma pessoa como eu, que vive há 60 e tal anos a luta terrível de impor o jazz na sociedade portuguesa, tem um significado que não tem para a geração actual", disse Bernardo Moreira, elogiando ainda a rapidez da câmara municipal em encontrar uma solução para o clube de jazz e disponibilizar verbas para a remodelação.
Já o programador Rui Neves disse à Lusa que o Hot Clube de Portugal "é um centro nevrálgico do jazz em Lisboa", que "emana daqui para o país". "É um centro de formação de músicos e é um centro de formação de gosto", descreveu.
A 22 de Dezembro de 2009, o Hot Clube de Portugal, o mais antigo clube de jazz da Europa em actividade, ficou destruído num incêndio que deflagrou no edifício.
A longo prazo, a direcção do Hot Clube ambiciona fazer na Praça da Alegria a Casa do Jazz, reunindo o espólio de Luís Villas-Boas, o fundador do clube.
(ES)



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