A Religião - Texto de Miguel Carvalho, in Aqui na Terra
«Foi no habitual mês de festas, romarias e regressos dos emigrantes para as vacances que o País se pôs a cantarolar o Pimba, já lá vão quinze anos. A moda pegou. E logo o termo foi adoptado para catalogar, a bem ou a mal, a nova roupagem da cantiga popularucha, de rima fácil, brejeira, provocadora.
A velha canção melosa e delicodoce ganhou então mais frenesim, baloiço de ancas e atrevimento. E à conta disso, Miguel Gomes, 34 anos, realizador, andou por Arganil, a recolher imagens de arraiais e festas. «Já filmei uma banda que tinha um bebé de seis meses em palco», diz o cineasta, apostado, nesta fase, no registo documental para o seu filme Aquele Querido Mês de Agosto.
O melodrama é inspirado numa cantiga do mítico Dino Meira. O fundo musical é pimba. Ou, como prefere Miguel, «a música ligeira, romântica que se faz por aí». Para este trabalho, já ouviu mais de 300 canções e até ficou fã do grupo Diapasão. «Não tenho um olhar maldoso sobre este universo. Os sentimentos das pessoas que ouvem e gostam destas músicas são tão intensos e complexos como os de quem ouve Bach».
Se assim não fosse, Carina António, de 22 anos, nunca iria em peregrinação até à Palhaça, por ocasião das festas da Senhora da Memória. De óculos, cara redondinha, a jovem viajou de Santarém até àquela freguesia de Oliveira do Bairro numa noite de segunda-feira para assistir ao seu enésimo concerto de Tony Carreira, o quebra -corações do momento.
O melodrama é inspirado numa cantiga do mítico Dino Meira. O fundo musical é pimba. Ou, como prefere Miguel, «a música ligeira, romântica que se faz por aí». Para este trabalho, já ouviu mais de 300 canções e até ficou fã do grupo Diapasão. «Não tenho um olhar maldoso sobre este universo. Os sentimentos das pessoas que ouvem e gostam destas músicas são tão intensos e complexos como os de quem ouve Bach».
Se assim não fosse, Carina António, de 22 anos, nunca iria em peregrinação até à Palhaça, por ocasião das festas da Senhora da Memória. De óculos, cara redondinha, a jovem viajou de Santarém até àquela freguesia de Oliveira do Bairro numa noite de segunda-feira para assistir ao seu enésimo concerto de Tony Carreira, o quebra -corações do momento.
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