Procissões da Quaresma - Texto de Lina Vedes
Tive o privilégio de viver, em jovem, na actual Rua 1º de Maio, local por onde passavam quase todas as procissões de Faro.
Ao recordá-las, principalmente as realizadas durante a Quaresma, não posso deixar de focar, o padre José Gomes da paróquia de S.Pedro, homem ímpar na organização e incrementação de procissões.
Este padre morador no edifício, hoje intitulado Via Valadim, na Rua Tenente Valadim, ao tempo conhecida por rua dos Cavalos, durante o dia fazia vários percursos de sua casa à igreja, passando pela Rua Filipe Alistão, sempre apressado, cumprimentando à esquerda e direita.
Cativava com a sua simpatia, os sermões eram agradáveis, versando simplicidade, conseguindo descer ao nível dos seus paroquianos.
Não necessitava, como acontece na actualidade, de cábulas para avivar a memória, nada esquecia, porque tudo era dito com sentimento, e todos bebiam dessa honestidade, franqueza, alegria e sinceridade.
Subia ao púlpito situado na nave central da igreja e pregava, colocando a voz com saber de mestre, criando momentos emocionantes, grandiosos e apoteóticos.
A sua morte prematura, num acidente de viação, na estrada de S.Brás perto de Faro, foi chorada e sentida profundamente e a sua falta, deixou uma lacuna, nunca substituída.
Dia de procissão era dia de festa e em muitas casas celebrava-se a ocasião, estreando roupa nova e engalanando as janelas com as melhores e mais ricas colchas, guardadas nas arcas.
Muita gente vinha para a cidade, principalmente das hortas circundantes, porque era dia de desobriga de promessas, e poderemos acrescentar, que nada havia de mais útil, do que uma boa procissão, para fazer sair da monotonia habitual.
Todas elas obedeciam e obedecem a uma ordem, um cerimonial, fácil de resumir. Abriam com o transporte de um guião enorme, levado por homens possantes, porque é difícil de equilibrar, e que consoante o objectivo da procissão, variava na cor, no tecido, no bordado.
Tive o privilégio de viver, em jovem, na actual Rua 1º de Maio, local por onde passavam quase todas as procissões de Faro.
Ao recordá-las, principalmente as realizadas durante a Quaresma, não posso deixar de focar, o padre José Gomes da paróquia de S.Pedro, homem ímpar na organização e incrementação de procissões.
Este padre morador no edifício, hoje intitulado Via Valadim, na Rua Tenente Valadim, ao tempo conhecida por rua dos Cavalos, durante o dia fazia vários percursos de sua casa à igreja, passando pela Rua Filipe Alistão, sempre apressado, cumprimentando à esquerda e direita.
Cativava com a sua simpatia, os sermões eram agradáveis, versando simplicidade, conseguindo descer ao nível dos seus paroquianos.
Não necessitava, como acontece na actualidade, de cábulas para avivar a memória, nada esquecia, porque tudo era dito com sentimento, e todos bebiam dessa honestidade, franqueza, alegria e sinceridade.
Subia ao púlpito situado na nave central da igreja e pregava, colocando a voz com saber de mestre, criando momentos emocionantes, grandiosos e apoteóticos.
A sua morte prematura, num acidente de viação, na estrada de S.Brás perto de Faro, foi chorada e sentida profundamente e a sua falta, deixou uma lacuna, nunca substituída.
Dia de procissão era dia de festa e em muitas casas celebrava-se a ocasião, estreando roupa nova e engalanando as janelas com as melhores e mais ricas colchas, guardadas nas arcas.
Muita gente vinha para a cidade, principalmente das hortas circundantes, porque era dia de desobriga de promessas, e poderemos acrescentar, que nada havia de mais útil, do que uma boa procissão, para fazer sair da monotonia habitual.
Todas elas obedeciam e obedecem a uma ordem, um cerimonial, fácil de resumir. Abriam com o transporte de um guião enorme, levado por homens possantes, porque é difícil de equilibrar, e que consoante o objectivo da procissão, variava na cor, no tecido, no bordado.
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