Poesia de Sylvia Beirute - ONZE PALAVRAS; BEIRUTE ; O BEIJO DE RODIN
ONZE PALAVRAS
quisera
crer o amor escondido no porta - malas do cérebro, uma res -
posta que ainda pergunta /diminuem as sombras com as palavras/ e lá uma re -
tribuição para além do recebido:
os sentidos são o correio do corpo.
quisera crer que ligaria, claro, mais tarde, às onze e meia,
às onze e meia em ponto, com onze,
onze palavras mornas e a síntese do não - convergências,
e a antítese do sim - divergências,
frias como um cartão de crédito
entre os dedos de um homem que procura um útero
onde possa derrotar-se.
Sylvia Beirute
ONZE PALAVRAS
quisera
crer o amor escondido no porta - malas do cérebro, uma res -
posta que ainda pergunta /diminuem as sombras com as palavras/ e lá uma re -
tribuição para além do recebido:
os sentidos são o correio do corpo.
quisera crer que ligaria, claro, mais tarde, às onze e meia,
às onze e meia em ponto, com onze,
onze palavras mornas e a síntese do não - convergências,
e a antítese do sim - divergências,
frias como um cartão de crédito
entre os dedos de um homem que procura um útero
onde possa derrotar-se.
Sylvia Beirute
Sem comentários:
Enviar um comentário