quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Poesia de Virgínia Teixeira - Narciso bravio ; Nevoeiro


Poesia de Virgínia Teixeira - Narciso bravio ; Nevoeiro

 

Narciso bravio

 

 Campo imenso de altivos girassóis amarelos viçosos
 Prado dourado repleto de flores que gritam alegria
Girassóis que sonham alcançar o Sol, tão ambiciosos!
 Flores viçosas que sobrevivem às estações com mestria

Campo imenso de flores arrancadas pela raiz cruelmente
 Prado frio e triste de terra quase estéril, seca e salgada
Onde alguém, ainda com fé, planta uma túlipa docemente
“Cresce, flor delicada como cristal”, é a prece murmurada

E o jardineiro senta-se no topo da colina a vislumbrar o prado
E espera que a túlipa vingue no vento gélido que sopra forte
Mas a flor enrosca-se na terra fria e espera satisfeita pela morte

O jardineiro, sentado no topo da colina, desvia o olhar marejado
 E vislumbra, num canto esquecido, um narciso bravio a despontar
Vida inesperada num campo triste e frio onde já não vale a pena plantar…


Leia este tema completo a partir de 21 de Setembro de 2014 carregando aqui


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