Carta - Prosa poética de Joaquim Nogueira
...a carta que escrevo aqui e agora é o que «eu»sinto e penso da vida e não «serve»para todos...
não há respostas definitivas e únicas para todos nós... vivemos num mundo de desafectos em vez de vivermos num de afectos... vivemos num mundo onde o sentirmo-nos bem com a nossa própria identidade é já tão difícil que usamos estas identidades «falsas»para podermos falar e ouvir...
já nos falta a «coragem»de enfrentarmos os outros, de olharmos os olhos uns dos outros e dizermos a quem estiver na nossa frente o que sentimos, o que pensamos, o que queremos, o que temos, o que podemos ser e, principalmente, o que podemos dar...
a vida já vai longa para mim e já vivi muito e quase tudo o que um homem pode viver... passei de tudo um pouco e os anos foram-me tornando «duro» e um pouco «sóbrio» perante as bebedeiras da vida...
a vida não é fácil e tudo o que a vida nos dá é pouco porque queremos sempre mais e melhor... passamos a vida a lutar por um lugar ao sol e esquecemos o quanto bom é refrescarmo-nos numa sombra... passamos o tempo a «querer», passamos o tempo a «desejar», passamos o tempo a «ter», a «possuir», a «querer ter ainda mais»... esquecemo-nos de dar!... e, um dia, ficamos de mãos vazias e ficamos sem nada e lamentamos termos ficado sem tudo o que havíamos tido... que desgraça enorme... perdi tudo, inclusive o amor!... tudo o que tínhamos se foi... e passamos a ser uns eternos infelizes!...
...a carta que escrevo aqui e agora é o que «eu»sinto e penso da vida e não «serve»para todos...
não há respostas definitivas e únicas para todos nós... vivemos num mundo de desafectos em vez de vivermos num de afectos... vivemos num mundo onde o sentirmo-nos bem com a nossa própria identidade é já tão difícil que usamos estas identidades «falsas»para podermos falar e ouvir...
já nos falta a «coragem»de enfrentarmos os outros, de olharmos os olhos uns dos outros e dizermos a quem estiver na nossa frente o que sentimos, o que pensamos, o que queremos, o que temos, o que podemos ser e, principalmente, o que podemos dar...
a vida já vai longa para mim e já vivi muito e quase tudo o que um homem pode viver... passei de tudo um pouco e os anos foram-me tornando «duro» e um pouco «sóbrio» perante as bebedeiras da vida...
a vida não é fácil e tudo o que a vida nos dá é pouco porque queremos sempre mais e melhor... passamos a vida a lutar por um lugar ao sol e esquecemos o quanto bom é refrescarmo-nos numa sombra... passamos o tempo a «querer», passamos o tempo a «desejar», passamos o tempo a «ter», a «possuir», a «querer ter ainda mais»... esquecemo-nos de dar!... e, um dia, ficamos de mãos vazias e ficamos sem nada e lamentamos termos ficado sem tudo o que havíamos tido... que desgraça enorme... perdi tudo, inclusive o amor!... tudo o que tínhamos se foi... e passamos a ser uns eternos infelizes!...
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