Ana - Conto de Daniel Teixeira
Por vezes a gente lê ou ouve histórias e acha que as coisas se podem passar assim como se conta nas histórias. E por vezes também sabemos que as coisas não se passam assim e que não poderiam nunca passar-se assim, mas que é bom acreditar que as coisas se passam daquela forma que ouvimos ou lemos.
Acho que é bem melhor acreditar que as coisas se passam como as pessoas dizem ou escrevem nas suas histórias. Muito melhor, mesmo. Podemos dizer que era bom que se passasse assim, que as coisas fossem assim tal como nos dizem ou como lemos.
E podemos também dizer que ainda bem que as coisas não se passam assim como lemos ou ouvimos quando não gostamos. Mas as coisas, todas as coisas, equilibram-se sempre, porque há sempre um equilíbrio.
Quando isso tem lugar, quando não gostamos daquilo que ouvimos ou lemos dizemos para nós mesmos que as coisas deveriam passar-se de uma outra forma, daquela forma que nós gostaríamos que se passassem.
E então ficamos a gostar da nossa ideia sobre a forma como as coisas se deveriam passar. E desta nossa ideia já gostamos e esquecemos que ouvimos ou lemos aquela coisa de que não gostámos. Assim é que as coisas se passam, sempre, acho eu.
Comigo acontece isso sempre e não me lembro de alguma vez não ter gostado de uma história. Acho que só agora, há pouco tempo, comecei a duvidar disso, de que gosto de uma história, contada ou imaginada, sempre.
Bem, o que eu digo é que por vezes não é da história que foi contada ou lida que eu gosto, mas sim da história que eu imaginei contrariando a outra história.
Leia este tema completo a partir de 21 de Setembro de 2014 carregando aqui
Por vezes a gente lê ou ouve histórias e acha que as coisas se podem passar assim como se conta nas histórias. E por vezes também sabemos que as coisas não se passam assim e que não poderiam nunca passar-se assim, mas que é bom acreditar que as coisas se passam daquela forma que ouvimos ou lemos.
Acho que é bem melhor acreditar que as coisas se passam como as pessoas dizem ou escrevem nas suas histórias. Muito melhor, mesmo. Podemos dizer que era bom que se passasse assim, que as coisas fossem assim tal como nos dizem ou como lemos.
E podemos também dizer que ainda bem que as coisas não se passam assim como lemos ou ouvimos quando não gostamos. Mas as coisas, todas as coisas, equilibram-se sempre, porque há sempre um equilíbrio.
Quando isso tem lugar, quando não gostamos daquilo que ouvimos ou lemos dizemos para nós mesmos que as coisas deveriam passar-se de uma outra forma, daquela forma que nós gostaríamos que se passassem.
E então ficamos a gostar da nossa ideia sobre a forma como as coisas se deveriam passar. E desta nossa ideia já gostamos e esquecemos que ouvimos ou lemos aquela coisa de que não gostámos. Assim é que as coisas se passam, sempre, acho eu.
Comigo acontece isso sempre e não me lembro de alguma vez não ter gostado de uma história. Acho que só agora, há pouco tempo, comecei a duvidar disso, de que gosto de uma história, contada ou imaginada, sempre.
Bem, o que eu digo é que por vezes não é da história que foi contada ou lida que eu gosto, mas sim da história que eu imaginei contrariando a outra história.
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