Jornal Raizonline nº 250 de 20 de Maio de 2014 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - O Mundial no Brasil
Não quero mostrar-me expert nestas coisas e muito menos mostrar saber mais que os brasileiros sobre a sua própria psicologia individual e social, mas atendendo a que o Se Gyn começou neste número uma fiada de crónicas sobre o Mundial de Futebol, desta vez no Brasil, tal como tinha feito na edição anterior em relação ao Mundial na Africa do Sul, juntei alguns pontos que já vinha coleccionando sobre aquilo que se passa e faz debruçado sobre esta questão.
Se bem me lembro quando foi da Africa do Sul os receios eram mais que muitos, nomeadamente em questões de segurança das pessoas e bens, mas talvez porque não fosse altura de crise mundial pronunciada, não me lembro de ter havido grandes protestos no que se refere a gastos para concretização do evento.
Ora, como todos ou quase todos os portugueses sabem porque foi aqui organizado o Europeu em 2004, em termos financeiros estes eventos, por princípio meio e fim não se auto-financiam nunca. Pode haver essa ambição, pode idilicamente falar-se nessa possibilidade, mas mesmo que isso acontecesse, por mera hipótese académica, ficam sempre os estádios «a mais» construídos a conservar e alimentar que custam fortunas mensais.
No nosso caso temos pelo menos dois «elefantes brancos» consumidores ad aeternum: um em Leiria e um outro aqui mesmo onde vivo, o Estádio do Algarve, que tenho a «felicidade» de poder ver todos os dias da minha varanda. Ora a questão que se coloca sempre, e colocava-se tanto em relação a Portugal como em relação à Africa do Sul, assim como se coloca em relação ao Brasil e todos os outros anteriores é a de se saber se cada país respectivo está ou não em condições financeiras e estruturais a nível social para comportar este tipo de eventos.
Uns mais, outros menos, tenho quase a certeza, sem estar totalmente a par, que cada um deles despendeu dinheiro na realização do evento que em teoria poderia ser aplicado noutras coisas mais urgentes e prementes: saúde, educação, emprego...enfim um rol grande de prioridades antecedentes que se colocavam desde logo como matéria de estudo profundo. Mas nenhum deles, que eu saiba, vacilou e avançou sempre com algum orgulho para essa forte chamada de atenção que é a realização de um evento futebolístico de grande porte.
Leia este tema completo a partir de 20 de Maio de 2014 carregando aqui
Não quero mostrar-me expert nestas coisas e muito menos mostrar saber mais que os brasileiros sobre a sua própria psicologia individual e social, mas atendendo a que o Se Gyn começou neste número uma fiada de crónicas sobre o Mundial de Futebol, desta vez no Brasil, tal como tinha feito na edição anterior em relação ao Mundial na Africa do Sul, juntei alguns pontos que já vinha coleccionando sobre aquilo que se passa e faz debruçado sobre esta questão.
Se bem me lembro quando foi da Africa do Sul os receios eram mais que muitos, nomeadamente em questões de segurança das pessoas e bens, mas talvez porque não fosse altura de crise mundial pronunciada, não me lembro de ter havido grandes protestos no que se refere a gastos para concretização do evento.
Ora, como todos ou quase todos os portugueses sabem porque foi aqui organizado o Europeu em 2004, em termos financeiros estes eventos, por princípio meio e fim não se auto-financiam nunca. Pode haver essa ambição, pode idilicamente falar-se nessa possibilidade, mas mesmo que isso acontecesse, por mera hipótese académica, ficam sempre os estádios «a mais» construídos a conservar e alimentar que custam fortunas mensais.
No nosso caso temos pelo menos dois «elefantes brancos» consumidores ad aeternum: um em Leiria e um outro aqui mesmo onde vivo, o Estádio do Algarve, que tenho a «felicidade» de poder ver todos os dias da minha varanda. Ora a questão que se coloca sempre, e colocava-se tanto em relação a Portugal como em relação à Africa do Sul, assim como se coloca em relação ao Brasil e todos os outros anteriores é a de se saber se cada país respectivo está ou não em condições financeiras e estruturais a nível social para comportar este tipo de eventos.
Uns mais, outros menos, tenho quase a certeza, sem estar totalmente a par, que cada um deles despendeu dinheiro na realização do evento que em teoria poderia ser aplicado noutras coisas mais urgentes e prementes: saúde, educação, emprego...enfim um rol grande de prioridades antecedentes que se colocavam desde logo como matéria de estudo profundo. Mas nenhum deles, que eu saiba, vacilou e avançou sempre com algum orgulho para essa forte chamada de atenção que é a realização de um evento futebolístico de grande porte.
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Gostei de sua crônica.
ResponderEliminarEstou convalescendo de uma cirurgia e, quando estiver em condições, volto a enviar matéria.