Coluna de Manuel Fragata de Morais - OS SONHADORES ( in Memórias da Ilha - Crónicas )
Há quem afirme que os sonhadores são os salvadores do mundo, talvez porque ao escutarmos as mais belas músicas, ao lermos os mais belos livros e poemas, ao nos revermos nas mais maravilhosas pinturas, ao tentarmos entender as mais engenhosas profecias e a sabedoria universal, cheguemos à conclusão que tudo isso é possível porque houve e há gente que sonhe.
E acho que isso é um facto, as realidades, os avanços conseguidos nas sociedades, são e serão fruto do sonho de alguém que soube acreditar em si mesmo e partiu para a labuta, para a concretização do seu desejo, da sua visão, da ânsia do querer. Todas as grandes descobertas foram chamadas de loucuras, ou tidas sem futuro prático, mesmo as mais recentes como o automóvel o que, fazendo um parêntese, me faz recordar uma pequena fábula, quando começaram a aparecer as primeiras máquinas automotoras, em que o burro, feliz, anunciava ao cavalo o seu fim, o homem não mais iria depender dele para a locomoção.
«Se eu me tornarei indispensável como cavalo, não sei o que será de ti como burro.»
«Ora, meu amigo, tu poderás ser dispensado, mas burros sempre os haverá!»
Foram esses sonhadores que nos deram a nossa essência. Sem esses visionários, ainda se acreditaria que a terra é plana, que não havia um Universo e sabe-se lá o que mais. Jesus Cristo não seria hoje o que é. Buda nunca teria penetrado o mundo que concebeu. Cristóvão Colombo nunca teria chegado ao novo continente, não obstante os seus desígnios serem comerciais e de direcção oposta, porque a força impulsionadora, para além das correntes marítimas, foi o sonho pela aventura, pela crença de que do outro lado daqueles mares, certamente algo o esperaria.
Todavia, os sonhos são os espinhos da roseira e não foi sem propósito que o Cristo foi coroado com uma coroa deles. A maior parte dos grandes sonhadores pagou caro pela sua visão de um outro mundo, pela sua crença e fé numa outra ideia, pela proposta de uma alternativa. Grandes sonhadores, como Moisés, como Ghandi, embora seguidos, foram maltratados pelos que os seguiam, pois a natureza humana é invejosa e, assim, as suas gerações os sacrificaram, de uma maneira ou de outra.
Há quem afirme que os sonhadores são os salvadores do mundo, talvez porque ao escutarmos as mais belas músicas, ao lermos os mais belos livros e poemas, ao nos revermos nas mais maravilhosas pinturas, ao tentarmos entender as mais engenhosas profecias e a sabedoria universal, cheguemos à conclusão que tudo isso é possível porque houve e há gente que sonhe.
E acho que isso é um facto, as realidades, os avanços conseguidos nas sociedades, são e serão fruto do sonho de alguém que soube acreditar em si mesmo e partiu para a labuta, para a concretização do seu desejo, da sua visão, da ânsia do querer. Todas as grandes descobertas foram chamadas de loucuras, ou tidas sem futuro prático, mesmo as mais recentes como o automóvel o que, fazendo um parêntese, me faz recordar uma pequena fábula, quando começaram a aparecer as primeiras máquinas automotoras, em que o burro, feliz, anunciava ao cavalo o seu fim, o homem não mais iria depender dele para a locomoção.
«Se eu me tornarei indispensável como cavalo, não sei o que será de ti como burro.»
«Ora, meu amigo, tu poderás ser dispensado, mas burros sempre os haverá!»
Foram esses sonhadores que nos deram a nossa essência. Sem esses visionários, ainda se acreditaria que a terra é plana, que não havia um Universo e sabe-se lá o que mais. Jesus Cristo não seria hoje o que é. Buda nunca teria penetrado o mundo que concebeu. Cristóvão Colombo nunca teria chegado ao novo continente, não obstante os seus desígnios serem comerciais e de direcção oposta, porque a força impulsionadora, para além das correntes marítimas, foi o sonho pela aventura, pela crença de que do outro lado daqueles mares, certamente algo o esperaria.
Todavia, os sonhos são os espinhos da roseira e não foi sem propósito que o Cristo foi coroado com uma coroa deles. A maior parte dos grandes sonhadores pagou caro pela sua visão de um outro mundo, pela sua crença e fé numa outra ideia, pela proposta de uma alternativa. Grandes sonhadores, como Moisés, como Ghandi, embora seguidos, foram maltratados pelos que os seguiam, pois a natureza humana é invejosa e, assim, as suas gerações os sacrificaram, de uma maneira ou de outra.
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