sábado, 17 de maio de 2014

J. D. SALINGER – Sob o fogo da crítica - por Pedro Luso de Carvalho


J. D. SALINGER – Sob o fogo da crítica - por Pedro Luso de Carvalho 

 O famoso recluso J. D. Salinger antes de dedicar-se à literatura passou rapidamente pelas universidades de Nova York e Columbia. Depois que retornou da Segunda Guerra Mundial suas histórias foram publicadas regularmente pela revista The New Yorker; com isso tornou-se bastante conhecido, principalmente nos Estados Unidos. Escreveu um único romance, «O apanhador no campo de centeio», um clássico da adolescência (1951); e os contos e novelas curtas, Nine stories (1953); Fanny and Zooey (1961); Carpinteiro, levantem bem alto a cumeeira (1963); Seymour: Uma Apresentação(1963).

 Em quatro dos cinco livros de Salinger, figuram como personagens principais e recorrentes a Família Glass, constituída por Buddy (alter ego de Salinger), Seymour, Boo Boo, Franny e Zooey Glass, todos irmãos. A novela Franny & Zooey, que está dividida em duas partes, e está destinada a um público sem qualquer envolvimento com o profissionalismo literário, a quem dedica o seu livro: «Se ainda resta um leitor amador no mundo – ou alguém que simplesmente leia por ler -, peço a ele ou a ela, com indizível afeição e gratidão, para dividir a dedicatória deste livro em quatro com minha mulher e meus filhos».

J. D. Salinger tornou-se um escritor de sucesso popular. Estudantes de níveis inferiores do meio acadêmico colocaram-no em alto pedestal; no entanto, intelectuais de gosto literário mais sofisticados desprezavam o escritor. No seu conto Seymour: An Introduction (Seymour: Uma Apresentação), em 1963, Salinger manifesta-se sobre a aristocracia intelectual da época, chamando-a de «uma nobreza de orelhas de lata». E quando outro livro seu, Franny and Zooey passou da New York para o livro, abriu-se uma janela para que essa aristocracia fizesse sua contestação, como adiante se verá.


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