BARCAS E BARCOS NA DOCA - Texto de Lina Vedes
Na década de 40 e princípios da de 50, as vias de comunicação terrestre eram insuficientes havendo ainda o inconveniente da Serra do Caldeirão ser uma verdadeira barreira quase intransponível. Para reforçar esse défice recorria-se ao transporte marítimo de pessoas e cargas.
Na Rua Conselheiro Bívar, conhecida por Rua do Chiado, existiam escritórios de intermediários, que negociavam a utilização de barcos de carga que transportavam cortiça, toros de madeira, sal, seiras de figos secos, alfarroba triturada e o seu caroço…
E é fácil imaginar o decorrer dessa situação, banindo a realidade actual, retirando os edifícios do Hotel Eva, Capitania e a Rodoviária.
Teríamos um descampado de terra batida com imensos carros de besta, aguardando o frete, com o cheiro característico dos excrementos dos animais e o burburinho de homens, cuidando deles, excitados e com a esperança de ganhar o dia.
Ao longo da manhã o barulho adensa com a chegada de carroceiros trazendo mercadorias, que são despejadas ali, perto das barcas, em frente da Alfandega e transferidas para elas pelos estivadores.
O vaivém é permanente com a intervenção reguladora dos intermediários e do guarda-fiscal que tudo examina. Há uma guarita situada no local de transbordo e uma outra perto dos bombeiros.
Na doca, acostados, encontram-se barcos e barcas.
As barcas, sem motor, só transportam as mercadorias para além da barra, local onde são esperadas por navios fundeados.
Os barcos, motorizados e com velas, deslocam-se para Lisboa, Porto, Viana do Castelo, para Espanha e Huelva, Algeciras, Chiclana e para Marrocos a Casablanca, Tanger, Safi…
Na década de 40 e princípios da de 50, as vias de comunicação terrestre eram insuficientes havendo ainda o inconveniente da Serra do Caldeirão ser uma verdadeira barreira quase intransponível. Para reforçar esse défice recorria-se ao transporte marítimo de pessoas e cargas.
Na Rua Conselheiro Bívar, conhecida por Rua do Chiado, existiam escritórios de intermediários, que negociavam a utilização de barcos de carga que transportavam cortiça, toros de madeira, sal, seiras de figos secos, alfarroba triturada e o seu caroço…
E é fácil imaginar o decorrer dessa situação, banindo a realidade actual, retirando os edifícios do Hotel Eva, Capitania e a Rodoviária.
Teríamos um descampado de terra batida com imensos carros de besta, aguardando o frete, com o cheiro característico dos excrementos dos animais e o burburinho de homens, cuidando deles, excitados e com a esperança de ganhar o dia.
Ao longo da manhã o barulho adensa com a chegada de carroceiros trazendo mercadorias, que são despejadas ali, perto das barcas, em frente da Alfandega e transferidas para elas pelos estivadores.
O vaivém é permanente com a intervenção reguladora dos intermediários e do guarda-fiscal que tudo examina. Há uma guarita situada no local de transbordo e uma outra perto dos bombeiros.
Na doca, acostados, encontram-se barcos e barcas.
As barcas, sem motor, só transportam as mercadorias para além da barra, local onde são esperadas por navios fundeados.
Os barcos, motorizados e com velas, deslocam-se para Lisboa, Porto, Viana do Castelo, para Espanha e Huelva, Algeciras, Chiclana e para Marrocos a Casablanca, Tanger, Safi…
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