terça-feira, 28 de outubro de 2014

«QUALQUER CULTURA NASCE DE UM PARADOXO INAUDITO...» - Por Paulo - Em Filhos de um Deus Menor


«QUALQUER CULTURA NASCE DE UM PARADOXO INAUDITO...» - Por Paulo - Em Filhos de um Deus Menor 

 Qualquer cultura nasce de um paradoxo inaudito. Quando crianças, entramos, por vezes, na sociedade sob o signo da violência. Uma cultura sob os auspícios da violência tudo nos tira: a nossa procura insaciável de uma satisfação ilimitada, o nosso amor infinito por nós próprios que, por força das circunstancias, se há-de confundir com o tipo de quotidiano onde, paulatinamente, nos movemos.

 Quando ainda crianças, até a nossa mãe - que amamos como nunca amaremos ninguém - nos quer «aculturar», isto é: ensina-nos a renunciar.

 Esta aculturação em bairros degradados, onde os valores da família perderam toda a carga afectiva, de partilha, de condescendência, é, de facto, de grande violência. Violência geradora de condicionalismos, pressões, que nos modela, nos dá forma, nos constitui, ainda assim, em «seres culturais».

Mas...o maior paradoxo é quando, já adultos, descobrimos que: raramente nos recompomos da referida violência e, se alguma capacidade de reflexão ainda sobrou, facilmente sentimos em nós as feridas indeléveis que aquela nos deixou.


Leia este tema completo a partir de 30 de Outubro de 2014 carregando aqui

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