Crónica de Gociante Patissa - COMO COLHER A SEMENTE
Um ano depois, ficamos a saber, já com aquela inofensiva – sem deixar de ser sádica – alegria, que a ministra tinha sido exonerada. As razões à volta do facto eram-nos irrelevantes (mas explico lá mais adiante porquê).
Hoje, visitei a residência sede da Rádio Ecclesia (agora Diocesana), na cidade de Benguela, junto do Bispado, como não fazia há seis anos. Foi preciso algum esforço para disfarçar os sorrisos de nostalgia, no mínimo, para não ser tomado por visitante emparvecido, como se arrisca quem esbanja alegria sem contextualizar os vizinhos. Foi como se um balão do tempo me fizesse mergulhar nos bons anos de convivência. Nomes, momentos e jocosidades brotaram. Depois veio a noção de ausência, como que a escorregar entre os dedos. O tempo tem das suas: um dia aproxima-nos, noutro manda-nos para hemisférios desencontrados e com isso o desgaste dos afectos.
2004. Uma inusitada empatia unia-nos, quando o normal seria, provavelmente, nos vermos como rivais, uma vez concorrentes. Uns mais dotados que outros, havia também os que precisavam mais do emprego que outros, mas nada estragava o bom humor. Eramos cerca de dez jovens, anónimos por assim dizer, durante três meses de triagem para redactores - repórteres - noticiaristas, no contexto da iminente abertura da Ecclesia em Benguela (que acabou por não acontecer, por imperativos legais no consulado do ministro Hendrick Vaal Neto. Ainda hoje, está por sair a licença de emissão).
Leia este tema completo a partir de 15 de Outubro de 2014 carregando aqui
Um ano depois, ficamos a saber, já com aquela inofensiva – sem deixar de ser sádica – alegria, que a ministra tinha sido exonerada. As razões à volta do facto eram-nos irrelevantes (mas explico lá mais adiante porquê).
Hoje, visitei a residência sede da Rádio Ecclesia (agora Diocesana), na cidade de Benguela, junto do Bispado, como não fazia há seis anos. Foi preciso algum esforço para disfarçar os sorrisos de nostalgia, no mínimo, para não ser tomado por visitante emparvecido, como se arrisca quem esbanja alegria sem contextualizar os vizinhos. Foi como se um balão do tempo me fizesse mergulhar nos bons anos de convivência. Nomes, momentos e jocosidades brotaram. Depois veio a noção de ausência, como que a escorregar entre os dedos. O tempo tem das suas: um dia aproxima-nos, noutro manda-nos para hemisférios desencontrados e com isso o desgaste dos afectos.
2004. Uma inusitada empatia unia-nos, quando o normal seria, provavelmente, nos vermos como rivais, uma vez concorrentes. Uns mais dotados que outros, havia também os que precisavam mais do emprego que outros, mas nada estragava o bom humor. Eramos cerca de dez jovens, anónimos por assim dizer, durante três meses de triagem para redactores - repórteres - noticiaristas, no contexto da iminente abertura da Ecclesia em Benguela (que acabou por não acontecer, por imperativos legais no consulado do ministro Hendrick Vaal Neto. Ainda hoje, está por sair a licença de emissão).
Leia este tema completo a partir de 15 de Outubro de 2014 carregando aqui
Sem comentários:
Enviar um comentário