quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Poesia de Virgínia Teixeira - Veneno; Campo singelo


Poesia de Virgínia Teixeira - Veneno;  Campo singelo



Veneno



Tantas lágrimas derramadas num tempo já ido
 Fluidas num rio de sal e angústia, lamacento de traição
 Rio que corria revoltado e feroz, de mim condoído
 Ferida de morte por um punhal afiado com desilusão…

E, ao nascer do Sol, o rio começou lentamente a secar
E no pântano viu-se nascer uma singela flor de esperança.
Os passos ficaram mudos na fuga e pensaram parar
 E os raios ardentes acenderam a centelha voraz da aliança

 Na lama da Razão ficou enterrado o punhal odiado
 Encoberto, mas tão real quanto a desilusão que restou…
E ao anoitecer, quando a Lua do seu sono despertou,

O rio voltou a brilhar ao luar com um laivo esverdeado,
De veneno puro, que se impregna devagar e profundamente,
Para os laços dourados do amor macular, eternamente…



Leia este tema completo a partir de 30 de Outubro de 2014 carregando aqui

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