Pequena análise sobre um texto publicado por José Varzeano no Blogue Alcoutim Livre - Por Daniel Teixeira
Introdução: Gostaria de esclarecer que o José Varzeano, entretanto infelizmente falecido, fez várias recolhas sobre etnografia e antropologia social no Concelho de Alcoutim e que eu, motivado por afinidades familiares e por recordações dos tempos passados naquelas terras e daquelas gentes colaborei no seu Blogue que, para quem não sabe, é uma verdadeira enciclopédia da específica ruralidade da Serra Algarvia.
Abaixo coloco o link do texto que aqui comento tendo por base um ponto que me fez ficar um pouco curioso. Há muito pouco trabalho publicado sobre usos e costumes nupciais e aquilo que se pode ler sobre o assunto tem de se ir encontrando em pequenas referências em contos e romances.
Uma parte substancial deles são escritos por médicos deslocados para esses locais, que aproveitam assim a sua estadia para descrever da melhor forma hábitos e costumes que por força da sua profissão vão percebendo. Este texto que refiro foi também escrito por um médico.
Já tinha lido, igualmente neste Blogue do falecido José Varzeano, um despique entre candidato a noivo e pais da noiva, um costume que na altura em que foi recolhido estava já em vias de ficar em desuso e que era cantado pela troupe e pelo noivo numa forma já bastante galhofeira.
Tratava-se de um processo de tese e antítese, em que o pai da noiva carregava defeitos sobre o noivo e sobre a sua capacidade de constituir família no que se refere às suas qualidades de trabalho e haveres, o que o candidato a noivo rebatia coadjuvado pelos seus apoiantes, acabando tudo numa confraternização conjunta.
Por outro lado tinha também já lido no mesmo blogue o final de um costume que durante tempos se praticou por aqueles lados e que se prendia com um hábito da noiva dizer «não» na altura em que era perguntada pelo padre se aceitava «aquele homem como seu legítimo esposo», saindo depois os noivos e os convidados da Igreja para voltarem minutos depois para a devida e completa cerimónia já com o «sim» de ambos. Este último costume foi cortado por um padre que chegado de novo não estava ao corrente do costume e se recusou a completar a cerimónia na sua segunda fase.
Leia este tema completo a partir de 26 de Novembro de 2014 carregando aqui
Introdução: Gostaria de esclarecer que o José Varzeano, entretanto infelizmente falecido, fez várias recolhas sobre etnografia e antropologia social no Concelho de Alcoutim e que eu, motivado por afinidades familiares e por recordações dos tempos passados naquelas terras e daquelas gentes colaborei no seu Blogue que, para quem não sabe, é uma verdadeira enciclopédia da específica ruralidade da Serra Algarvia.
Abaixo coloco o link do texto que aqui comento tendo por base um ponto que me fez ficar um pouco curioso. Há muito pouco trabalho publicado sobre usos e costumes nupciais e aquilo que se pode ler sobre o assunto tem de se ir encontrando em pequenas referências em contos e romances.
Uma parte substancial deles são escritos por médicos deslocados para esses locais, que aproveitam assim a sua estadia para descrever da melhor forma hábitos e costumes que por força da sua profissão vão percebendo. Este texto que refiro foi também escrito por um médico.
Já tinha lido, igualmente neste Blogue do falecido José Varzeano, um despique entre candidato a noivo e pais da noiva, um costume que na altura em que foi recolhido estava já em vias de ficar em desuso e que era cantado pela troupe e pelo noivo numa forma já bastante galhofeira.
Tratava-se de um processo de tese e antítese, em que o pai da noiva carregava defeitos sobre o noivo e sobre a sua capacidade de constituir família no que se refere às suas qualidades de trabalho e haveres, o que o candidato a noivo rebatia coadjuvado pelos seus apoiantes, acabando tudo numa confraternização conjunta.
Por outro lado tinha também já lido no mesmo blogue o final de um costume que durante tempos se praticou por aqueles lados e que se prendia com um hábito da noiva dizer «não» na altura em que era perguntada pelo padre se aceitava «aquele homem como seu legítimo esposo», saindo depois os noivos e os convidados da Igreja para voltarem minutos depois para a devida e completa cerimónia já com o «sim» de ambos. Este último costume foi cortado por um padre que chegado de novo não estava ao corrente do costume e se recusou a completar a cerimónia na sua segunda fase.
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