A minha Tia Dionísia - Texto de Daniel Teixeira
A minha tia Dionísia foi uma personagem peculiar em muitos sentidos: foi a primeira da irmandade a «debandar» de Alcaria Alta. Sempre a conheci como sendo cozinheira como métier principal, embora houvesse alguma polivalência sempre nestas coisas.
Ela tinha um dom mesmo no que se refere à cozinha: fazia o tal arroz solto, daquele mesmo solto bago a bago e isto num tempo em que a qualidade do arroz não era tão refinada como hoje. E doces nem se fala: arroz doce era o meu preferido, embora houvessem outras coisas também mais sofisticadas como ovos moles, nuvens (de claras de ovos) com canela por cima, as empanadilhas com batata doce, gila ou abóbora, enfim... Para uma montanheira criada a cozidos de couve e grão soube adaptar-se muito bem a novas realidades.
No que se refere à cozinha era quase uma mãos largas, gostava mesmo daquilo, de cozinhar, de ver as pessoas satisfeitas...mas era uma sovina no resto.
Durante uns quantos anos dei mensalmente à minha Tia parte do dinheiro que ganhava em Lisboa e para o recuperar quando me quis vir embora foi um verdadeiro drama: tinha-o na Caixa a prazo, era meu não havia problemas, mas só mo entregava quando acabasse o prazo (cinco anos salvo erro). Só mo deu quando eu parti para França, «ao salto» e tive sério receio que ela ainda quisesse ir discutir o preço da passagem com o clandestino passador.
Leia este tema completo a partir de 12 de Novembro de 2014 carregando aqui
A minha tia Dionísia foi uma personagem peculiar em muitos sentidos: foi a primeira da irmandade a «debandar» de Alcaria Alta. Sempre a conheci como sendo cozinheira como métier principal, embora houvesse alguma polivalência sempre nestas coisas.
Ela tinha um dom mesmo no que se refere à cozinha: fazia o tal arroz solto, daquele mesmo solto bago a bago e isto num tempo em que a qualidade do arroz não era tão refinada como hoje. E doces nem se fala: arroz doce era o meu preferido, embora houvessem outras coisas também mais sofisticadas como ovos moles, nuvens (de claras de ovos) com canela por cima, as empanadilhas com batata doce, gila ou abóbora, enfim... Para uma montanheira criada a cozidos de couve e grão soube adaptar-se muito bem a novas realidades.
No que se refere à cozinha era quase uma mãos largas, gostava mesmo daquilo, de cozinhar, de ver as pessoas satisfeitas...mas era uma sovina no resto.
Durante uns quantos anos dei mensalmente à minha Tia parte do dinheiro que ganhava em Lisboa e para o recuperar quando me quis vir embora foi um verdadeiro drama: tinha-o na Caixa a prazo, era meu não havia problemas, mas só mo entregava quando acabasse o prazo (cinco anos salvo erro). Só mo deu quando eu parti para França, «ao salto» e tive sério receio que ela ainda quisesse ir discutir o preço da passagem com o clandestino passador.
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