Corpo/Espírito - Texto de Liliana Josué
Há sempre o reflexo dos nossos passos em cada esquina, mas nem sempre em cada esquina que viramos o cérebro acompanha os passos, vai noutra direção, naquela que os pés não atingem.
O espaço cerebral é sempre amplo demais comparativamente às ruas que percorremos com os nossos pés, mas os nossos pés tornam-se cada vez mais reflexo, e vamos com ele sem nos importarmos saber para onde. Então os caminhos deixam de ser os que pisamos com os pés passando a ser aquilo que o reflexo percorre. Neste momento surgem vastas avenidas debruadas a flores e muito coloridas, onde não entra a menor sombra. Só luz, calor e harmonia.
Os pés continuam a pisar chão duro, frio e escuro por entre vielas, cais tristes ou calçadas de infortúnio. As mãos seguram a esperança colhida nas largas avenidas e perfumam-se nos aromas libertos pelo encanto. Por vezes, fraternais, têm de suspender a leveza desse estado para dar algum consolo e amparo aos pés calejados e feridos de tanto caminhar em direção a lugares estreitos e pouco estruturados . Elas afagam-nos, tratam-nos, tentam dar-lhes alento ingloriamente. Depois soltam-se voltando às suas avenidas arejadas e solarengas.
O corpo balança entre infortúnios e alegrias. Tem necessidade dos pés para o conduzir e das mão também para o proteger e afagar.
Os olhos tudo observam numa negligência de espectadores enquanto a boca se ri escarninha daquilo que os olhos lhe dizem.
Leia este tema completo a partir de 12 de Novembro de 2014 carregando aqui
Há sempre o reflexo dos nossos passos em cada esquina, mas nem sempre em cada esquina que viramos o cérebro acompanha os passos, vai noutra direção, naquela que os pés não atingem.
O espaço cerebral é sempre amplo demais comparativamente às ruas que percorremos com os nossos pés, mas os nossos pés tornam-se cada vez mais reflexo, e vamos com ele sem nos importarmos saber para onde. Então os caminhos deixam de ser os que pisamos com os pés passando a ser aquilo que o reflexo percorre. Neste momento surgem vastas avenidas debruadas a flores e muito coloridas, onde não entra a menor sombra. Só luz, calor e harmonia.
Os pés continuam a pisar chão duro, frio e escuro por entre vielas, cais tristes ou calçadas de infortúnio. As mãos seguram a esperança colhida nas largas avenidas e perfumam-se nos aromas libertos pelo encanto. Por vezes, fraternais, têm de suspender a leveza desse estado para dar algum consolo e amparo aos pés calejados e feridos de tanto caminhar em direção a lugares estreitos e pouco estruturados . Elas afagam-nos, tratam-nos, tentam dar-lhes alento ingloriamente. Depois soltam-se voltando às suas avenidas arejadas e solarengas.
O corpo balança entre infortúnios e alegrias. Tem necessidade dos pés para o conduzir e das mão também para o proteger e afagar.
Os olhos tudo observam numa negligência de espectadores enquanto a boca se ri escarninha daquilo que os olhos lhe dizem.
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