Jornal Raizonline nº 259 de 12 de Novembro de 2014 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - Ainda a minha memória da Literatura Africana
Durante muitos anos procurei na minha memória...a memória do nome do autor de um romance que na minha juventude terá sido um dos primeiros romances que considerei erótico, não no sentido quase pornográfico que lhe é dado hoje, mas naquele sentido capaz de interessar um rapaz de 12/14 anos despontado na puberdade e vivendo numa sociedade dos anos 60/70 onde tudo o que subia além da normalidade envergonhada era considerado proibido ou de leitura não aconselhável.
Sabendo o que sei hoje penso que não terá sido na Biblioteca Itinerante da Gulbenkian que consegui obter esse livro e lembro-me que ele era mesmo meu, comprado talvez pela beleza da capa, onde o desenho de uma jovem negra aparecia junto a uma palmeira ou um coqueiro. A foto abaixo é de uma edição diferente (2ª neste caso) porque me lembro perfeitamente da palmeira ou do coqueiro.
Recentemente, e refazendo algumas leituras perdidas durante anos, lembro-me que nesse tempo adorava a literatura africana, que embora com fortes laivos de colonialismo, e muitas observações um pouco discutíveis sobre os hábitos e costumes dos indígenas, acabavam na sua essência por me fornecer o fantástico africano que era o que mais me cativava.
Os escritores que conhecia eram aqueles escritores africanos que tinham formação académica feita em Portugal o que para mim atenuava um pouco este tipo de perspectiva colonial ou semi-colonial paternalista, mas reparava muitas vezes que, talvez por causa da censura ou mesmo por necessidade de obter leitores muitas vezes os factos de cada escrito eram narrados numa perspectiva que era preciso mentalmente ratear.
Durante muitos anos procurei na minha memória...a memória do nome do autor de um romance que na minha juventude terá sido um dos primeiros romances que considerei erótico, não no sentido quase pornográfico que lhe é dado hoje, mas naquele sentido capaz de interessar um rapaz de 12/14 anos despontado na puberdade e vivendo numa sociedade dos anos 60/70 onde tudo o que subia além da normalidade envergonhada era considerado proibido ou de leitura não aconselhável.
Sabendo o que sei hoje penso que não terá sido na Biblioteca Itinerante da Gulbenkian que consegui obter esse livro e lembro-me que ele era mesmo meu, comprado talvez pela beleza da capa, onde o desenho de uma jovem negra aparecia junto a uma palmeira ou um coqueiro. A foto abaixo é de uma edição diferente (2ª neste caso) porque me lembro perfeitamente da palmeira ou do coqueiro.
Recentemente, e refazendo algumas leituras perdidas durante anos, lembro-me que nesse tempo adorava a literatura africana, que embora com fortes laivos de colonialismo, e muitas observações um pouco discutíveis sobre os hábitos e costumes dos indígenas, acabavam na sua essência por me fornecer o fantástico africano que era o que mais me cativava.
Os escritores que conhecia eram aqueles escritores africanos que tinham formação académica feita em Portugal o que para mim atenuava um pouco este tipo de perspectiva colonial ou semi-colonial paternalista, mas reparava muitas vezes que, talvez por causa da censura ou mesmo por necessidade de obter leitores muitas vezes os factos de cada escrito eram narrados numa perspectiva que era preciso mentalmente ratear.
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