sábado, 8 de novembro de 2014

Pensamentos a esmo sobre cães a esmo - John Steinbeck


Pensamentos a esmo sobre cães a esmo - John Steinbeck

Recolhido em Blogue Panorama de Pedro Luso de Carvalho


Um homem muito sábio, escrevendo recentemente sobre o surgimento e o desenvolvimento de nossa espécie, sugere que a domesticação do cachorro teve a mesma importância que o uso do fogo para o primeiro homem. Pela associação com o cachorro, o homem dobrou sua percepção e, além disso, o cão - dormindo aos pés do homem primordial - permitiu descansar um pouco sem ser perturbado por animais sorrateiros.

Os usos do cachorro mudam. Um dos primeiros tratados sobre cães em inglês foi escrito por uma abadessa ou prioresa num grande convento religioso. Ela lista o cão de guarda, o de caçar coelhos, o cão da Espanha chamado spaniel e usado para encontrar aves feridas, o cão «venatório» etc. e, finalmente, diz: «Existem aqueles pequenos cães brancos levados por damas para afastar delas as pulgas». Quanta sabedoria havia aqui. O cãozinho de colo não era um enfeite, mas uma necessidade.

 O cachorro em nossos dias, mudou de função. Claro que ainda temos cães usados para a caça e os galgos para as corridas, e os pointers, setters e spaniels para suas complicadas profissões, mas em nossa população total de cachorros estes são minoria. Muitos cães são usados como enfeite, mas de longe a maior parte serve de consolo para a solidão. O confidente de um homem ou uma mulher. Uma plateia para os tímidos. Um filho para quem não tem filhos.


Leia este tema completo a partir de 12 de Novembro de 2014 carregando aqui

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