Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - Voo para o Infinito; Entre corações; Metamorfose
Voo para o Infinito
Era ave,
Mas não tinha nome.
Esvoaçava às vezes em redor da paisagem,
Mas não dizia nada,
Apenas agitava suas longas asas,
Planava de vez em quando,
E partia.
Partia sem uma sílaba,
Voava sem uma vogal deixada nos ramos.
Ouvira falar em tempos de consoantes,
A uma árvore que o acolhera,
Mas isso era outro corpo
E já esquecera.
Desejava apenas poisar nas águas mansas,
Banhar-se com rigor,
Beber o suco das algas,
E voar de novo,
Voar voar,
Até ao infinito.
Cremilde Vieira da Cruz
Voo para o Infinito
Era ave,
Mas não tinha nome.
Esvoaçava às vezes em redor da paisagem,
Mas não dizia nada,
Apenas agitava suas longas asas,
Planava de vez em quando,
E partia.
Partia sem uma sílaba,
Voava sem uma vogal deixada nos ramos.
Ouvira falar em tempos de consoantes,
A uma árvore que o acolhera,
Mas isso era outro corpo
E já esquecera.
Desejava apenas poisar nas águas mansas,
Banhar-se com rigor,
Beber o suco das algas,
E voar de novo,
Voar voar,
Até ao infinito.
Cremilde Vieira da Cruz
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