sábado, 29 de setembro de 2012

Blogue Alcoutim Livre - José Varzeano - Montinho das Laranjeiras, dos «montes do rio», o mais próximo da vila

 
Blogue Alcoutim Livre - José Varzeano - Montinho das Laranjeiras, dos «montes do rio», o mais próximo da vila
 
A velha e ainda actual designação «Montes do Rio» engloba como várias vezes temos escrito o conjunto de pequenas povoações na margem direita do Guadiana situadas entre a foz da Ribeira de Cadavais e a foz da Ribeira de Odeleite. Quatro desses montes pertencem ao concelho de Alcoutim e um ao de Castro Marim ou seja a Foz de Odeleite, antigamente Odeleite - a - Menor.
 
Saindo de Alcoutim e seguindo o relativamente recente troço da estrada 507, vulgo estrada marginal, velha ambição dos alcoutenejos, só tornada realidade em finais da década de 80 do século passado, vamos percorrendo a via umas vezes sinuosa, outras nem tanto, mas tendo sempre por fundo o majestoso Guadiana, o grande rio do Sul, de águas profundas.
 
Passamos pela Cochoa, topónimo curioso e zona baixa com algum aproveitamento agrícola, pelo menos na primeira metade do século passado, o que ainda se nota pela arborização dos terrenos.

A sua origem não é clara. Segundo José Pedro Machado (1) existem os topónimos Casal da Cochoa e Quinta da Cachoa no centro do país e que será feminino de Cochom, um apelido antigo (séc. XIII) que significa comissário, cozinheiro, vendedor ambulante e que terá a ver com o francês cochon, leitão, porca. Por outro lado, os cochões e as cochoas eram as pessoas que iam na retaguarda dos exércitos peninsulares, no séc. XIII. Não terá a ver, perguntamos nós, com a existência no local de porcos selvagens (javalis)?
 
Mais à frente, passamos no sopé da elevação onde se encontra o antigo posto da Guarda Fiscal designado por «Alcaçarinho», hoje transformado em residência, tendo sido o primeiro adquirido na década de sessenta do século passado à Fazenda Nacional. Nas proximidades uma das maiores e melhores várzeas do Guadiana, conhecida por várzea do Alcaçarinho e que foi propriedade de José Dionísio, do Balurco de Baixo e que depois foi adquirida por um cidadão alemão. Alcácer, castelo em árabe.
 
 
 
 

 
 

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