quinta-feira, 29 de maio de 2014

Poesia de Xavier Zarco - poemas da minha rua ; uma redondilha de 2009 ; há dias em que o verso se derrama


Poesia de Xavier Zarco - poemas da minha rua ; uma redondilha de 2009 ; há dias em que o verso se derrama

 
poemas da minha rua

 

 Mais um da série «poemas da minha rua»ou será «poemas para a minha rua»? Vou pensar no assunto!

 que se lixe o poema a poesia
 até este que se escreve
 se poema for
 agora que saio
 enquanto ela dorme
 quarentona e eu miúdo de vinte anos
 que se lixe só penso não no corpo
 fácil
o dela e também o meu
 entregue após dois dedos
 de conversa
 e um copo bebido à pressa
 no boémia
 quarta-feira à noite
 ali à sé velha
 mas nos beijos da infância trocados
 por rebuçados
 aí sim
 que não se lixe o poema
 a poesia
 a magia de ousar de arriscar
 de ser no fundo feliz
 aproximar-me do que sinto
 ser a felicidade
 porque um só beijo desses mesmo que
 falhado porque só na face
 me levaria ao colo madrugada
 fora ladeira acima
 até ao cume de santa clara
 com um sorriso tipo sol nascente
 mesmo que
 como cantava o outro ao sol poente
 fosse patrocinado
 por uma bebida qualquer

 Xavier Zarco



 Leia este tema completo a partir de 31 de Maio de 2014 carregando aqui



Sem comentários:

Enviar um comentário