sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Poesia de José Carlos Moutinho - Navego em mim; Versos sem sentido; Anseios


Poesia de José Carlos Moutinho - Navego em mim; Versos sem sentido; Anseios

 

 Navego em mim

 

 São sombras, são murmúrios
 que me invadem o sentir
 num silêncio doce de afago,
 abraçam-me na minha solidão
 e aconchegam-se na minha alma!

Calam fundo as minhas palavras,
aquelas palavras esmorecidas
 pelas tardes vazias da minha vida,
 que perderam a voz da serenidade
 e se tumultuam em inquietudes,
 que só os luares dos meus anseios
 iludem com a utopia das estrelas!

Alvoradas das minhas Primaveras
 nascem pálidas, cansadas, sem sol,
 turvadas pela luz diáfana das quimeras,
 perdem-se nas maresias sem farol!

Navego em mim pelas veias do meu rio,
 fluxos vermelhos da minha essência,
 por vezes cálido, outros com muito frio,
 sou tenaz timoneiro da minha existência,
 desistir é fraqueza, continuar é desafio,
 encontrarei o remanso da minha resiliência

José Carlos Moutinho


Sem comentários:

Enviar um comentário