O João e a Filó - Conto de Daniel Teixeira
Os dentes dele batiam de uma forma que o assustava, mas era sempre assim. Não era porque estivesse muito frio, de facto a sala estava sempre bem aquecida, naquela temperatura ideal para um dia de inverno, tinha-o sentido quando se despira e quando a enfermeira abrindo a porta um pouco, sem olhar muito para ele, lhe tinha perguntado se já estava despido.
Sim, estava! Disse com uma resposta rápida, como se tivesse receio que ela entrasse mesmo e visse o seu corpo, um pouco magro, mas de qualquer forma não excessivamente magro para a sua idade jovem.
Tenho de comer mais dizia muitas vezes mas o apetite faltava-lhe e agora estava ali, numa consulta, porque a sua mãe tinha dito ao médico que não compreendia porque é que ele estava naquele estado como se o estado dele fosse alguma coisa de grave.
Fui sempre assim, dizia ele tantas vezes à mãe, e ao pai que também lhe ralhava e que achava que havia coisas que ele não devia fazer porque era demasiado fraco. Deixa que eu levo – dizia-lhe o pai quando se tratava de carregar algo mais pesado na loja, pronunciando este deixa que eu levo como se ele fosse um inútil ou estivesse num processo pronunciado de decadência, ele que tinha quinze anos, mal feitos.
O médico dissera que não devia ser nada mas que era melhor ver acrescentando um misterioso nunca se sabe…nunca se sabe como (?) ele não era Médico (?) deveria saber pois então (!!)…mas não sabia e tinha-o mandado tirar uma radiografia aos pulmões, outra radiografia, mais uma radiografia, que raio de coisa, dizia para si mesmo: eu não estou doente nada, só não tenho tanta fome assim e faria uma vida normal se não fosse a mãe estar sempre com o come rapaz ou o pai com aquelas tiradas parvas do deixa que eu levo até nos embrulhos pequenos porque estavam carregados de ferragens e isso era muito pesado para mim, pelo menos era o que o pai dizia.
Leia este tema completo a partir de 10 de Dezembro de 2014 carregando aqui
Os dentes dele batiam de uma forma que o assustava, mas era sempre assim. Não era porque estivesse muito frio, de facto a sala estava sempre bem aquecida, naquela temperatura ideal para um dia de inverno, tinha-o sentido quando se despira e quando a enfermeira abrindo a porta um pouco, sem olhar muito para ele, lhe tinha perguntado se já estava despido.
Sim, estava! Disse com uma resposta rápida, como se tivesse receio que ela entrasse mesmo e visse o seu corpo, um pouco magro, mas de qualquer forma não excessivamente magro para a sua idade jovem.
Tenho de comer mais dizia muitas vezes mas o apetite faltava-lhe e agora estava ali, numa consulta, porque a sua mãe tinha dito ao médico que não compreendia porque é que ele estava naquele estado como se o estado dele fosse alguma coisa de grave.
Fui sempre assim, dizia ele tantas vezes à mãe, e ao pai que também lhe ralhava e que achava que havia coisas que ele não devia fazer porque era demasiado fraco. Deixa que eu levo – dizia-lhe o pai quando se tratava de carregar algo mais pesado na loja, pronunciando este deixa que eu levo como se ele fosse um inútil ou estivesse num processo pronunciado de decadência, ele que tinha quinze anos, mal feitos.
O médico dissera que não devia ser nada mas que era melhor ver acrescentando um misterioso nunca se sabe…nunca se sabe como (?) ele não era Médico (?) deveria saber pois então (!!)…mas não sabia e tinha-o mandado tirar uma radiografia aos pulmões, outra radiografia, mais uma radiografia, que raio de coisa, dizia para si mesmo: eu não estou doente nada, só não tenho tanta fome assim e faria uma vida normal se não fosse a mãe estar sempre com o come rapaz ou o pai com aquelas tiradas parvas do deixa que eu levo até nos embrulhos pequenos porque estavam carregados de ferragens e isso era muito pesado para mim, pelo menos era o que o pai dizia.
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