quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A Santa e a Leitoa - Crónica / Causo de Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS


A Santa e a Leitoa - Crónica / Causo de Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS

Prequeté, prequeté, prequeté!. E a charrete subia a rua principal.

Na boléia, mascando um pedaço de bom fumo goiano, ia o Souza, legítimo africano de quatro costados. Pouco abaixo de seus pés, entre as rodas murchas do pneu careca e à sombra, ia o Viajante; um querido e legítimo canino puro-sangue tomba-latas. Vez ou outra alguém gritava para ele: - dia Souza!, ao que ele apenas murmurava um «dia» de muito mau grado.

 O Souza trazia na parte traseira da charrete, enrolada dentro de um saco de aniagem, a Neguinha; uma leitoa que foi criada dentro de casa, junto com os gatos e os cachorros da casa do Souza. Pois é, a pobre da Neguinha estava indo para o sacrifício, ou seja estava sendo doada pelo Souza ao Padre Tito, vigário de Passa - Tempo, sendo a pobre uma das prendas que seriam rifadas na quermesse. Três quartos de hora depois, e novo prequeté, prequeté, prequeté... .

 Na boléia o Souza, olhos cheios de lágrimas a responder: «dia»', entre uma cusparada e outra , e entre um esfregar de olhos e outro. O Souza estava chorando!.

Todos em Passa - Tempo gostavam do Souza, e ao vê-lo chorando, perguntavam-se: o que teria acontecido?. Parou a charrete na venda dos Signorini, e depois de meia garrafa da branquinha, contou para a platéia formada de compadres e o vendeiro, a razão do choro. Foi o seguinte o que contou o Souza:


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