sexta-feira, 27 de maio de 2011

Testes realizadas em ratos podem ser alargados a humanos

Viagra eficaz a reduzir sintomas da esclerose múltipla

Testes realizadas em ratos podem ser alargados a humanos

2011-05-24
 
Testes foram realizados em ratos
 
 
Investigadores espanhóis acreditam que o Viagra, utilizado para o tratamento da disfunção eréctil, pode ter efeitos positivos na redução dos sintomas da esclerose múltipla, a doença inflamatória crónica mais comum do sistema nervoso central e uma das principais causas de invalidez em adultos.

Um estudo publicado na revista “Acta Neuropathologica” indica que, em experiências realizadas em ratos, foram observadas recuperações quase completas em 50 por cento dos casos após um tratamento de apenas oito dias.
A investigação liderada por Agustina García e Juan Hidalgo, da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB), deverá, em breve, ser autorizada em seres humanos, visto que este fármaco já é comercializado.
Embora a esclerose múltipla seja ainda uma doença sem cura, alguns medicamentos já se mostraram eficazes no combate de vários sintomas e na prevenção da progressão do problema. Esta doença é causada pela perda de mielina nas células nervosas, que afecta a capacidade dos neurónios comunicarem entre si, e pela neurodegeneração em várias áreas do sistema nervoso central.

Os investigadores estudaram os efeitos do sildenafil, que é vendido como Viagra, em animais que apresentavam um tipo de esclerose múltipla conhecida como encefalomielite auto-imune experimental (EAE). O sildenafil é utilizado como vasodilatador, mas tem também uma função neuroprotectora. Daí que a medicação tenha tido sucesso na infiltração de células inflamatórias, no interior da massa branca da espinal-medula e, portanto, no combate aos sintomas da esclerose múltipla. Os estragos nos axónios – região do neurónio responsável pelo impulso nervoso – foram mais baixos e houve progressos na reparação da mielina já danificada.

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