quarta-feira, 2 de julho de 2014

Crónica de Gociante Patissa - AS PARTIDAS DO ELISEU


Crónica de Gociante Patissa - AS PARTIDAS DO ELISEU 

 A pior das partidas que nos pode alguém chegado pregar é, certamente, partir.

Eliseu Mondi Pedro Figueiredo confunde-se com a língua inglesa, à qual viria a dedicar duas décadas de auto-didactismo, chegando a dar aulas no terceiro nível dos Bambus na Catumbela, onde residia, e mais tarde no católico Instituto de Ciências Religiosas de Angola (ICRA), no bairro da Caponte, Lobito, onde veio a residir. O extrovertido, criativo e brincalhão Mr. Elisha (pronunciado /elitsha/) abraçou o inglês por influência do irmão mais velho, dos poucos tradutores benguelenses no contexto de emergência, resultante do fracasso eleitoral de 1992, a época dourada da ONU e demais agências internacionais de caridade.

Já na sexta classe, dava o Eliseu nas vistas pelo vício das contagens em voz alta, qual récita a Shakespeare, pelos corredores da escola Comandante Dangereux, na Catumbela. E pregava bwé de partidas aos colegas, eles que mal sabiam o que era o verbo «To Be». De sorte que quando o conheci na sétima classe, onde começava o ensino de inglês antes de surgir essa coisa chamada de reforma educativa, foi com o inevitável receio de lidar com ele, pois era reinante o espírito de competição entre os falantes. A empatia foi à primeira vista!
 

Sem comentários:

Enviar um comentário