sexta-feira, 22 de julho de 2011

Festival Ollin Kan Clubbing por três dias e pela primeira vez na Casa da Música

Concertos

Festival Ollin Kan Clubbing por três dias e pela primeira vez na Casa da Música

Para o director do Festival, Carlos Bartilotti, “este era o ano do tudo ou nada” e nesse sentido “arriscou-se”. O orçamento do Festival é de 160.00 euros, para o qual contribui 90 por cento da bilheteira e um apoio pontual da Direção Geral das Artes, disse o responsável.

O festival apresenta três dias de músicas do mundo e os seus cruzamentos, DJ e música eletrónica, com várias estreias nacionais e alguns regressos, como é o caso dos Watcha Clan, de França, que se estrearam em terras portuguesas o ano passado no Festival Med de Loulé. Referindo-se à banda, Bartilotti afirmou que “tem uma performance extraordinária, cheia de força e energia”.
Quanto a estreias em Portugal neste festival contam-se seis, designadamente a de Sofiane Hamma, Chico Trujillo, Diom de Kossa, Sver, Johanna Joholab e os colombianos Retrovisor.
A residência artística será do cabo-verdiano Bilan que estreia a primeira criação promovida pela rede de festivais ollin kan. “Trata-se de um projeto iniciado em fevereiro que resultou do convite do Festival Sur le Níger, de Segou, ao músico cabo-verdiano”, explicou à Lusa Bartilotti.
“Dois músicos da mesma geração – Bilan e o Madou Sidiki Diabaté - partilham uma visão musical comum. A música flui com grande naturalidade, entre a kora de Madou Sidiki Diabaté e as cordas crioulas de Bilan”, sublinhou Bartilotti.
Referindo-se à edição deste ano, Bartilotti afirmou: “Triplicámos os dias de um festival que faz sentir o seu peso económico ao trazer públicos de outras regiões, mas também um fator atrativo para os 22 mil turistas que diariamente chegam ao aeroporto do Porto, além do seu público fiel”, disse o responsável.
O primeiro dia do Ollin Kan Clubbing “vive-se sob o signo da fusão musical e a francofonia” com os portugueses Rakia a abrirem, seguindo-se o projeto de Bilan com Diabaté, constando ainda do cartaz os Watcha Clan, ps belgas Jaune Toujours e o DJ francês Gringo da Parada.
O dia 23 abre com a estreia em palcos nacionais do argelino Sofiane Hamma acompanhado pela banda Kifna, “misturando o gnawa tradicional argelino, com o rock, e os soul jazz", atuando ainda As Três Marias, um grupo português escolhido “até para fazer contraponto às finlandesas Johanna Johola [que atuam no dia seguinte] pois este é também um grupo exclusivamente feminino com percussões”.
Neste dia toca em estreia nacional o percussionista Diom de Kossa (Costa do Marfim), encerrando o cartaz os DJ Tommi & Barrio.
No último dia, além de Johanna Juhola, o cartaz inclui a estreia “do puro folk norueguês” dos Sver e da banda colombiana Retrovisor que mistura rock, electrónica e referências latinas, e tocam os portugueses Terrakota.
Durante os três dias do Festival haverá também conferências sobre problemáticas da música com, entre outros, Custódio Castelo, Sandy Gageiro, Torill Faleide, Magali Bérges, Tiago Faden, Vasco Sacramento e Erwan Varas.
(ES)

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